Aconteceu na tarde de ontem (21), no auditório do Instituto de Física de São Carlos, a I Conferência das Crianças do Mundo, na qual foi divulgado o resultado da Votação Mundial para eleger a Heroína dos Direitos das Crianças, que representará 28 milhões de crianças em todo o mundo. Anna Mollel, que luta há mais de 20 anos pelas crianças deficientes nas áreas rurais e pobres do nordeste da Tanzânia, foi a candidata eleita pelos 480 alunos da Escola Técnica Paulino Botelho.
A iniciativa faz parte do projeto sueco internacional The World’s Children’s Prize Foundation, programa de educação e comunicação mundial que tem como intuito contribuir para a formação de um mundo mais humano. Anualmente, os estudantes da Etec Paulino Botelho participam do programa a fim de debater sobre a realidade dos direitos da criança no município, além de discutir questões fundamentais como o exercício da democracia. Para este ano, o trabalho infantil foi eleito como tema principal das discussões.
Durante a conferência, a questão foi abordada através de depoimentos e perguntas direcionadas às autoridades convidadas para compor a mesa. Dentre elas, estiveram presentes Maria do Carmo, Secretária Municipal de Infância e Juventude, Renata Pierini, representando a Secretária Municipal de Educação Lourdes Moraes, Maurílio Villas Bôas, diretor da Etec Paulino Botelho, e o vereador Lineu Navarro.
Para Renata Pierini, ver alunos e pais participando da iniciativa já pode ser considerado uma grande vitória. “Talvez vocês ainda não tenham dimensão do poder que vocês têm com esta iniciativa. É extremamente gratificante ver mais de 300 pessoas preocupadas com os direitos da criança”, declarou aos alunos.
A professora da Etec Paulino Botelho, Evelyn Mello, mostrou-se extremamente satisfeita com o resultado do projeto. “O auditório lotado indica que os nossos tempos estão começando a mudar. Talvez as pessoas estejam mais conscientes de que, cada um fazendo sua parte, juntos, conseguiremos atingir um público maior”, afirma.
A conferência aconteceu simultaneamente em mais de 20 países. Isso significa que jovens espalhados por todo o mundo, naquele momento, refletiram sobre os direitos das crianças, o que demonstra uma consciência cidadã e reconhecimento do próximo. “Vemos uma atitude assim em épocas que o individualismo impera. Esses jovens, que poderiam estar em qualquer lugar, cometendo atos de vandalismo, entregues às drogas, estão aqui, decidindo o destino da humanidade, entendendo que são cidadãos universais, não só são-carlenses ou brasileiros e isso é extremamente positivo”, finaliza Evelyn.
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